Stefan Pierer, o conhecido CEO da KTM demonstrou ter interesse em adquirir a Ducati, caso venha a ser vendida. O empresário disse ter uma relação emocional com a marca que considera “a Ferrari das duas rodas”.
Entrevistado pelos alemães do Speedweek, Pierer comentou sobre a evolução do mercado, a situação atual da marca e em como a Ducati se encaixaria sob as asas da KTM, se o Grupo Volkswagen vier a vender a marca de Bolonha.
“Eu tenho uma relação emocional com a Ducati. É a única marca que se encaixaria conosco. Do resto você pode esquecer, a MV Agusta é muito pequena“, disse Pierer. “É a Ferrari da indústria de duas rodas. Ter a marca dentro do nosso grupo seria, obviamente, interessante. Não é uma questão de preço, mas quando todos perceberão qual é a situação“, explicou.
Pierer acha que o escândalo do “Dieselgate” em 2015 (quando o Grupo VW foi pego alterando os resultados de emissões de vários carros) pode influenciar em uma futura venda da Ducati, já que o objetivo do grupo agora é restabelecer a imagem arranhada.
“Talvez a Audi [atual gestora da Ducati], entre o Dieselgate e a mobilidade elétrica, tenha outras prioridades, além de uma fábrica de motocicletas“, acredita Pierer. “Os desafios estão se aproximando no processo de aprovação, por exemplo, do Euro5“, que começa a vigorar a partir de 2020. “Em 2024, a questão será o ruído“, antecipa.
Pìerer, que se tornou em uma espécie de celebridade depois de recolocar a KTM no mapa como uma das marcas mais lucrativas da Europa, comentou sobre o que as montadoras precisam fazer nos próximos anos. “Hoje, você precisa levar o negócio para a Ásia, para a Índia. Se você não conseguir, em algum momento você será deixado de fora“, alerta. “Com a Ducati, não é sobre o preço, mas a questão ‘como podemos ser mais fortes juntos?’” A montadora foi comprada pela VW em 2012.