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CEO da KTM explica o que deu errado nos últimos dois anos

Lucas Carioli 7 de agosto de 2025

Pela primeira vez, o novo CEO da KTM, Gottfried Neumeister, explicou em detalhes como a marca, o orgulho da Europa, campeã de vendas nos últimos anos, caiu tão forte a ponto de ficar a beira da falência.

Neumeister, que assumiu o cargo de Stefan Pierer nos últimos meses, concedeu uma entrevista exclusiva ao site grego Motomag com o objetivo de contar ao público pela primeira vez o que levou a KTM ao colapso financeiro e posteriormente a um pedido de insolvência.



“Investimos incorretamente e, para encobrir, sobrecarregamos a rede, criando nossa própria bolha que estourou na nossa cara”, disse Neumeister. “Os problemas que enfrentamos são, infelizmente, de origem interna. Não houve uma queda repentina na demanda por motocicletas em todo o mundo ou uma crise geral no mercado: foi a nossa gestão que caiu”, admite.

Segundo Neumeister, houve três razões principais que levaram a empresa austríaca a essa situação. O primeiro motivo foi o envolvimento com as bicicletas elétricas. Foi feito um grande investimento após a pandemia de Covid-19, que acabou não resultando.

“Perdemos 400 milhões de euros em liquidez com essa aventura. Foi um erro. A ideia original era vender bicicletas junto com nossas motocicletas, para ‘conquistar’ o cliente desde o início e construir fidelidade à marca. Mas, depois do coronavírus, o mercado de bicicletas entrou em colapso total. Houve uma demanda enorme que foi atendida com superprodução e, então, esse mercado caiu drasticamente.”

O segundo problema, na visão de Neumeister, foi a aquisição da MV Agusta, em um momento em que o grupo já estava em dificuldades financeiras, acrescentando mais 220 milhões de euros em prejuízos. “Só essas duas razões já somam 620 milhões de euros”, soma o executivo.

O terceiro motivo foi a negligência com as vendas no varejo. A KTM vendeu no atacado para continuar reportando números bons sem levar em consideração o estoque, gerando uma dívida líquida que disparou de 240 milhões para 1,6 bilhão de euros em apenas 18 meses.

“Enchemos os canais de distribuição com mais de 70.000 motocicletas em 2022. Em 2023, deveríamos ter freado tudo – em vez disso, continuamos a encher os armazéns. Quando cheguei, tínhamos 270.000 motocicletas à nossa frente: 70.000 em nosso próprio estoque e 200.000 em concessionárias e importadores em todo o mundo”, revela.

Após a conclusão do processo de insolvência de três meses, a fábrica pôde reiniciar a produção. Os próximos 90 dias foram dedicados a garantir liquidez e buscar novos investidores, que nunca apareceram. Logo a fábrica foi forçada a interromper a produção novamente.

Felizmente a Bajaj Auto, parceira comercial dos austrícos há 17 anos, apareceu com a quantia necessária para devolver o impréstimo dos credores. “Graças à Bajaj, agora garantimos os fundos necessários para sair da insolvência”, ressalta Neumeister.



Hoje, a KTM reiniciou suas linhas de montagem na Áustria, mas com uma mentalidade diferente. A simplificação da linha e a restauração da qualidade são agora as principais prioridades. “Preferimos ser os melhores, não os maiores”, resumiu Neumeister.

Algumas decisões drásticas já estão em curso. A MV Agusta foi vendida, o esportivo X-Bow também vai ser. As vendas em conjunto com a CF Moto foram interrompidas para se concentrarem em suas próprias linhas. E a satisfação do cliente será colocada no centro de tudo.

“Por exemplo, o slogan Ready To Race é perfeito para a nossa linha de motos de trilha. Você pega a moto e vai direto para a corrida, sem mudar nada. Mas para os nossos modelos Adventure, não tenho tanta certeza. Você não quer que seu traseiro doa depois de 500 quilômetros. Então, temos que ouvir o cliente, colocá-lo no centro de tudo o que fazemos”, explicou.

E a MotoGP, como é que fica? “Teremos que esperar para ver quais são as novas regras e regulamentos para decidir se faz sentido continuar ou não”, disse. “A decisão precisa se encaixar no nosso plano de negócios. Precisa fazer sentido para toda a empresa. Tem que fazer sentido para fins de marketing e desenvolvimento. Trabalhar com outra pessoa pode ser uma opção. Estou aberto a opções.”

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