O CEO da Ducati, Claudio Domenicali gosta muito de corridas e acompanha com atenção os passos da equipe de MotoGP e Mundial de Superbike. Aqui ele comenta um pouco sobre a passagem malsucedida de Valentino Rossi pela marca, entre 2011 e 2012.
Domenicali conversou com o jornal de negócios italiano “Il Sole 24 Ore”, onde relembrou Rossi como uma espécie de “Rockstar” para a Ducati, embora aponte que isso também contribuiu para um distanciamento com os funcionários da fábrica em Borgo Panigale.
“Foram problemas técnicos, porque a moto havia sido projetada de uma forma que ele não se encaixava como piloto“, disse Domenicali. “Mas talvez também tenha sido um problema das relações humanas. Rossi era como uma ‘estrela do rock’, vinha muito pouco aqui à Borgo Panigale. A coisa nunca teve a consistência ou a direção correta… em qualquer aspecto“, analisa.
Rossi chegou à Ducati com a missão de substituir Casey Stoner, até hoje o único piloto a conseguir ser campeão com a marca italiana. Após apenas duas temporadas, o piloto foi substituído por Andrea Dovizioso, que tem uma abordagem muito mais próxima à fábrica, de acordo com o CEO.
“Com Dovi a história é diferente“, continuou Domenicali mostrando uma foto do piloto com com sua filha Sara e sua namorada Alessandra montando uma XDiavel. “Dovizioso é um menino simples, ele está sempre por aqui“, comenta orgulhoso. “Talvez no próximo ano tenhamos melhor sorte na MotoGP“.
Apesar de resignado com os resultados de 2018, Domenicali garante que eles continuarão ganhar novamente o título: “Estamos planejando o próximo campeonato e estamos fazendo isso sem alterar os métodos de trabalho ou o equilíbrio econômico, ou as opções dos pilotos e as sinergias entre o departamento de corrida e o resto da empresa“.
O dirigente também destacou a importância da estabilidade proporcionada pela Audi (Grupo Volkswagen): “Ser membro de um grande grupo integrado, como a Volkswagen, tem vantagens significativas. Não só pela estabilidade e força que lhe são intrínsecas, mas também pela possibilidade de acesso à fronteira tecnológica mais avançada“.