Parece que está na moda reativar marcas de motos centenárias. Agora é a vez da norte-americana Excelsior-Henderson, que pode retornar depois de 20 anos de inatividade.
Surgida a partir da fusão das empresas Excelsior Motor Manufacturing, Supply Company e Henderson Motorcycle Company, a marca se notabilizou pela construção de motocicletas leves e com a melhor dirigibilidade do mercado na primeira metade do século XX.
Com fábrica em Chicago, nos EUA, a Excelsior-Henderson se concentrava no mercado de exportação, enviando motos para a Europa, Austrália, Nova Zelândia e até Cuba. Problemas durante a Grande Depressão interromperam a produção em 1931.
Seis décadas mais tarde, a Hanlon Manufacturing Company comprou os direitos dos nomes Henderson e Excelsior para produzir uma custom chamada Super X. Apenas 2.000 desses modelos foram feitos entre 1999 e 2000 antes de a empresa fechar novamente.
Em 2018, o conglomerado industrial indiano Bajaj Auto (que detém uma parceria para montar modelos KTM no país) garantiu a marca registrada do nome Excelsior-Henderson na categoria design de motocicletas (que inclui veículos, serviço e peças).
No último dia 15 de dezembro, o Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) registrou uma segunda marca Excelsior-Henderson, desta vez na categoria vestuário (que inclui principalmente roupas e equipamentos para motocicletas).
Os conglomerados motorizados da Índia estão em evidência, não apenas pela sua impressionante capacidade produtiva, na casa das dezenas de milhões anuais, mas também pela grana farta que possuem. Só falta uma coisa: prestígio.
Nos últimos anos, eles tem tentado contornar isso se associando a fabricantes europeias. Agora, eles parecem interessados em adquirir marcas há muito esquecidas: A Mahindra deve trazer a BSA de volta e a TVS Motors comprou a Norton.
Ao que tudo indica, Excelsior-Henderson será relançada com modelos de aparência neoclássica para satisfazer passadistas do mundo todo com uma infinidade de vestuário e merchandising. Você acha que a marca deveria fazer um retorno ou a febre retrô já deu o que tinha que dar?