A empresa australiana Forcite está anunciando a criação de um capacete inteligente, que não apenas contém diversos gadgets eletrônicos, mas também carrega a nobre missão de alertar os motociclistas dos perigos à sua volta, principalmente os cada vez mais numerosos carros autônomos.
Construído em fibra de carbono (com acabamentos em preto brilhante e fosco), o capacete (ainda sem denominação oficial) terá uma câmera na área do queixo (que registrará a rota automaticamente), além de GPS, bluetooth, giroscópio, barômetro, acelerômetro e um altímetro, elementos comumente encontrados em qualquer smartphone atual.
Esses dispositivos, interligados a um aplicativo que está sendo desenvolvido pela Forcite (atualmente em 75%) permitirão que o motociclista visualize diversos dados, como os tempos de voltas em um circuito, as forças G atuando durante a frenagem e aceleração e até mesmo nos dar resumo do tipo de pilotagem que realizamos.
Além disso, o capacete também será capaz de avisar o motociclista de perigos na estrada, para que possamos mudar a rota, caso haja alguma complicação à frente. De acordo com o seu criador, Alfred Boyadgis, a ideia surgiu depois de um acidente que teve ocorrido devido a uma mancha de gasolina no asfalto.
Boyadgis pensou que se alguém ou alguma coisa o tivesse advertido dos perigos à sua frente, ele não teria tido aquele acidente. Da mesma forma, ele percebeu que as motos devem utilizar essa tecnologia, já disponível nos carros para evitar os acidentes, sempre com lesões piores para os motociclistas.
Do mesmo modo, Boyadgis está convencido de que em um futuro não muito distante, os carros autônomos serão uma realidade muito presente e que os motociclistas terão que se comunicar com eles de alguma forma, já que provavelmente não haverá motos autônomas. “Como motociclista, a última coisa que você quer é ser atingido por um carro autônomo da Domino’s Pizza“, exemplificou.
No momento, o Forcite está em fase de desenvolvimento, mas a empresa está convocando interessados para testá-lo, em suas páginas no Facebook e Instagram. Depois de obter um financiamento de cerca de 2,5 milhões de euros ao longo de um período de quatro anos (que encerra esse mês) o próximo passo é terminar o software e começar a comercializá-lo até o fim de 2019. Preço e disponibilidade, no entanto, não foram anunciados.