Carmelo Ezpeleta, principal chefe da Dorna, a entidade que regulamenta e promove o Mundial de Motovelocidade afirmou nos últimos dias que será criada uma categoria de motos elétricas nos próximos anos. A expectativa é que a primeira temporada aconteça em 2019.
Ezpeleta fez a revelação ao tabloide espanhol AS onde contou que a nova categoria será parecida com o extinto “FIM e-Power Championship”, que só realizou uma temporada com quatro etapas em 2013, antes de ser cancelado.
De acordo com o espanhol, a nova categoria funcionaria como classe de apoio e teria cinco rodadas, acompanhando o calendário atual do Mundial, para conter custos. Equipes já existentes no paddock serão convidadas a preencher as vagas.
A princípio, o campeonato será monomarca e Ezpeleta diz que duas montadoras que participam do mundial já demonstraram interesse. Portanto, parece muito difícil que vejamos pequenos fabricantes de motos elétricas como Energica e MotoCzysz no grid de largada.
A parte interessante, no entanto, está no formato. Segundo Ezpeleta, as provas não seriam disputadas por pilotos novatos e sim por 14 pilotos de MotoGP e mais os quatro melhores da Moto2, o que certamente garantiria uma boa audiência. Cada corrida teria em torno de dez voltas.
Trata-se de mais uma iniciativa em acender o interesse por corridas de veículos elétricos, o que ainda não aconteceu. Em duas rodas, as únicas iniciativas que resistem acontecem no Troféu Turista da Ilha de Man, com a categoria “TT Zero” e nas provas de subida de montanha de Pikes Peak, nos Estados Unidos.