Jeremy Burgess, lendário ex-chefe de equipe, acha preocupante a distância das equipes da MotoGP em relação às líderes, Honda e Yamaha. Em 2014 as vitórias foram todas dominadas pelo “quarteto fantástico”, Marc Marquez, Valentino Rossi, Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa.
O ex-parceiro de Valentino Rossi na Yamaha (demitido pelo italiano no final de 2013) teme que o abismo entre os quatro primeiros e o resto do grid esteja ficando cada vez maior. Apenas Andrea Dovizioso, Cal Crutchlow, Aleix Espargaró, Álvaro Bautista e Bradley Smith conseguiram se intrometer na briga esporadicamente.
“O que mais me preocupa sobre o esporte é a diferença entre os quatro primeiros e o resto. Há uma lacuna enorme e que precisa ser fechada. Eu não vi ninguém fora dos quatro que possa se intrometer na briga.” (Jeremy Burgess)
Burgess acredita que o padrão da Moto2, a categoria intermediária da Motovelocidade, precisa ser elevado e aposta que Jack Miller mostrará isso em 2015. O australiano pulou da Moto3 diretamente para a MotoGP.
“Eu estou esperando que o salto de Jack Miller por cima da Moto2 mostre que a categoria pode não ser tão importante quanto algumas pessoas pensam que é, em termos de desenvolvimento de pilotos para a MotoGP. Talvez seria mais vantajoso melhorar o padrão da Moto2 em vez de algo que não é relevante para a classe inferior ou superior. Se o movimento de Jack funcionar, então qual é o razão em ter a Moto2?”
A última vez em que um piloto de equipe satélite conseguiu vencer na MotoGP foi em 2006, com Toni Elias, no Grande Prêmio de Portugal, no Estoril. O espanhol corria pela equipe Fortuna Honda e superou Valentino Rossi e Kenny Roberts Jr, após uma batalha emocionante.