Lucas Carioli
Lembram-se de Henry Crew, aquele britânico que pretendia dar a volta ao mundo para angariar fundos a uma instituição de saúde mental masculina? Pois ele, não apenas completou o percurso antes do tempo como também entrou para o livro dos recordes como o mais jovem a fazê-lo de motocicleta.
Crew partiu de Londres, no ano passado pilotando uma Ducati Scrambler Desert Sled patrocinada pela própria marca e com uma missão nobre: arrecadar fundos para a “Movember Foundation”, instituição que promove a saúde mental e prevenção do suicídio em homens.
<p style="text-align: justify;">Após deixar Londres, o britânico começou sua jornada pela Europa, deixando o “Velho Continente” pela Rússia para entrar no Cazaquistão, Azerbaijão, Irã, Paquistão, Índia, Mianmar, Tailândia, Malásia, Cingapura e Austrália, já na Oceania.De lá, ele pegou um avião para a América do Sul e começou a rodar peo Chile, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala, Belize, El Salvador e México, já na América do Norte.
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Em seguida, Crew cruzou os Estados Unidos, de Los Angeles à Nova York. Mais um vôo foi realizado até o Marrocos (no norte da África), onde retornou à Europa pela Espanha. Sua chegada à Londres, o ponto de partida, aconteceu no último dia 19 de abril, após 90.000 quilômetros percorridos e 35 países.
Histórias? Elas são várias, como era de se esperar. No Peru, por exemplo, Crew teve um pneu furado no meio do nada. Ele encontrou uma cidade onde eles consertaram o pneu da melhor maneira possível, mas outra roda seria necessária. Contudo, ela só foi encontrada três semanas mais tarde.
No Irã, Crew ficou sem dinheiro para seguir até o Paquistão e sem acesso aos bancos locais. Como as fronteiras iriam fechar mais cedo devido ao Ramadã, o britânico teve que dormir uma noite na prisão por sua própria segurança. Isso evitou o perigo dos terroristas na área.
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Sobre a motocicleta, Crew reconhece que teve muita sorte em termos de falhas mecânicas e que a Ducati se comportou bem ao longo de toda a jornada. Boa parte dessas histórias estão descritas no seu blog e também em seu Instagram, no qual ele contou e capturou com fotografias toda a aventura.
E os custos? Em uma entrevista, Crew estima que gastou cerca de 27.000 euros entre comida, combustível e um motel ocasional. No entanto, ele reconhece que ficou surpreso com a ajuda que recebeu das pessoas através do Instagram. A arrecadação para a Movember Foundation foi de £ 8.283 libras, ou mais de R$ 42 mil reais.
E o recorde? Com sua jornada de 90 mil quilômetros, Crew, então com 22 anos superou a marca anterior de Kane Avellano, que havia completado 50 mil quilômetros em regiões específicas do globo aos 23 anos. Mas a maior realização foi ter exterminado os pensamentos depressivos de sua mente, desde que descobriu o motociclismo aos 19 anos.
