Faltando apenas dois dias para o início da temporada do World Superbike, Stefan Bradl está um pouco assustado com a agressividade da nova Honda CBR1000RR Fireblade. O alemão disse que o modelo ainda tem muitos problemas, principalmente na parte eletrônica.
Bradl se juntou à equipe Ten Kate Honda no World Superbike, depois de passar várias temporadas na MotoGP. A expectativa de todos era dar um passo à frente com a nova geração da Fireblade. Mas após rodar mais de 200 voltas nos testes pré-temporada, eles admitem que o modelo ainda precisa evoluir muito.
“É como se a moto tivesse 400 cv e apenas um botão de On/Off para controlar isso“, disse Bradl aos compatriotas do Speedweek. “Eu não tenho nenhuma confiança na roda traseira, mas a frente vai bem. Se a eletrônica faz o que quer, então você não pode fazer nada“, lamenta o piloto que ficou 2s2 atrás do líder Jonathan Rea.
Ciente das limitações eletrônicas, a equipe tentou resolver os problemas através de modificações mecânicas, como um novo coletor de admissão. As mudanças, no entanto, surtiram pouco efeito e Bradl chegou a admitir que fica tenso ao pilotar a Fireblade.
“Não que eu tenha medo, mas eu nunca experimentei algo parecido. Pelo menos, fomos capazes de melhorar um pouco após um dia e meio, mas o sistema eletrônico não faz o que deveria, em parte, porque o motor é agressivo demais. Se na primeira curva você abre o acelerador um pouco a mais, a roda traseira começa a tentar ‘te tirar’ sem que o sistema eletrônico influencie, o que é muito frustrante.”
E as opiniões de Bradl são compartilhadas com seu companheiro de equipe, o campeão mundial de MotoGP, Nicky Hayden: “Conversei com ele, que também acha que as mudanças no chassi são muito limitadas ou quase inexistentes, porque a eletrônica não funciona corretamente“, garante.