Especulada como substituta da Suzuki na MotoGP, a BMW Motorrad não nega que tem interesse em participar do campeonato. Entretanto, eles dizem que a decisão final não depende só deles.
Quando a Suzuki anunciou que estava deixando a MotoGP ao final do ano, Carmelo Ezpeleta, chefe da Dorna, a empresa que administra o campeonato, se apressou em dizer que outros fabricantes haviam entrado em contato e sinalizado interesse, sem mencionar nomes.
Entre as principais fabricantes, apenas duas não estão na MotoGP: a Kawasaki, que já esteve entre 2003 e 2008 optando por migrar para o menos custoso WorldSBK em 2010; e a BMW Motorrad, que voltou a participar deste mesmo campeonato em 2020 de forma oficial.
Além disso, a BMW também tem uma pequena presença na MotoGP desde 1999, quando passou a fornecer o carro de segurança da categoria. Agora, perguntaram ao CEO da divisão de motocicletas, Markus Schramm, se eles não tinham interesse em colocar duas motocicletas no grid.
“Na BMW Motorrad estamos sempre considerando a MotoGP, mas depende de quem toma a decisão final. Karlheinz Kalbfell e Herbert Diess (presidentes anteriores) queriam juntar-se, tal como Hendrik von Kuenheim. Mas eles foram impedidos pela diretoria do BMW Group, ou seja, pelos gerentes dos carros“, explicou.
Desde a crise mundial de 2008, o BMW Group tem sido muito cauteloso no que concerne participar de campeonatos de esporte a motor. Depois de dominar o Rali Dakar por alguns anos, eles abandonaram a competição sem qualquer cerimônia e fizeram o mesmo com a Fórmula 1 em 2009.
No Mundial de Superbike, eles ainda tinham uma tímida participação antes de encerrar tudo no começo dos anos 2010. Foi apenas em 2020 que eles decidiram voltar, assim como no Mundial de Endurance (FIM EWC) para dar suporte à divisão ‘M Motorsport’ que passou a incorporar também motocicletas.
Desde então, as S1000RR de competição passaram a ser chamadas de “M1000RR” ganhando um caráter ainda mais exclusivo… que combina perfeitamente com a MotoGP. Mas mesmo que a BMW decida entrar, Ezpeleta disse que isso não acontecerá em 2023. O grid da próxima temporada deve ser composto de apenas 22 motos.