A BMW Motorrad do Brasil anunciou ontem (5) dados comerciais do primeiro semestre de 2021 no país. A marca alemã registrou um crescimento de 42% em relação aos seis primeiros meses do ano passado.
Citando dados da Fenabrave, eles comercializaram 5.469 unidades entre janeiro e junho de 2021, contra 3.845 unidades registradas no mesmo período do ano passado severamente impactado pela Covid-19, que paralisou fábricas e fechou pontos de venda em todo o país.
Apenas no mês de junho de 2021, os concessionários BMW Motorrad em todo o país entregaram aos clientes 1.258 unidades, resultando em um crescimento de 30% em comparação com as 966 motocicletas da marca comercializadas no mesmo período do ano passado.
Os números colocam a BMW Motorrad na terceira posição do ranking de marcas que mais venderam no primeiro semestre, atrás apenas da Yamaha (95.567 unidades) e da Honda (389.095). As três fabricantes também ocupam a mesma ordem em participação de mercado.
O modelo mais vendido durante o primeiro semestre foi a R1250GS, com 2.229 unidades. Um feito significativo pois, mesmo com seu alto preço, a big trail ficou à frente da acessível G310GS (1.154) e da F850GS (1.024). Na verdade, a big trail representa 40,75%, ou quase a metade das vendas totais da marca no país.
“Os resultados de vendas no semestre confirmam a nossa aposta no mercado brasileiro e todos os esforços que estamos fazendo na planta de Manaus (AM), de onde saem mais de 98% das nossas motocicletas comercializadas no Brasil”, afirma Julian Mallea, Diretor da BMW Motorrad no país. “O crescimento também pode ser atribuído à mudança de percepção do consumidor com relação à motocicleta, que passou a ser vista como uma forma segura de meio individual de transporte e lazer em tempos de pandemia”, complementa.
Outros números interessantes podem ser tirados do relatório da Fenabrave: enquanto a G310GS vendeu 1.154 unidades, sua irmã roadster, G310R emplacou apena 229 delas, mesmo com o esforço da BMW ao reduzir preço e taxas de financiamento. O sucesso da F850GS não se repetiu com a F750GS, que vendeu apenas 293 motocicletas ao longo do primeiro semestre.
Quanto à S1000RR, 463 unidades foram comercializadas, atrás apenas da Kawasaki Ninja 400 (682) e da Yamaha R3 (1.005) na categoria. A superbike ainda ficou a frente das rivais diretas, Kawasaki Ninja ZX-10R (84 unidades vendidas), Ducati Panigale V4 (81) e Suzuki GSX-R1000, que vendeu apenas 36 motos no primeiro semestre. Por outro lado, a sua versão naked, S1000R nem aparece entre as 10 mais.
Disponibilizada no fim do ano passado, a caríssima R1250RT teve 27 unidades comercializadas, o suficiente para a 6º posição no ranking da categoria touring (dominada por cinco modelos Harley-Davidson) e à frente da Honda GL1800 Gold Wing. Curiosamente as cruisers típicas da marca, como a K1600GTL e K1600B sequer figuram na lista.
O BMW Group Brasil ainda anunciou que realizou, no final de 2020, uma expansão da capacidade de produção da fábrica de motocicletas em Manaus de 10 mil para 15 mil unidades, e que já começa a ter resultados desse investimento, apesar das paralisações que aconteceram ainda durante o primeiro semestre.