O Mundial de Superbike está para começar e a BMW achou que seria legal contar o que aprontou durante a pandemia. A equipe oficial da marca alemã digitalizou seus pilotos em 3D para continuar aprimorando a aerodinâmica da S1000RR.
Utilizar o túnel de vento com uma motocicleta sem piloto é inútil. Então, o que fazer quando seus pilotos estão em diferentes países, incapazes de viajar para Munique por causa das restrições impostas pela pandemia?
Por sorte, o piloto da casa, Eugene Laverty estava nas proximidades pouco antes do início do bloqueio e a BMW aproveitou para fazer escaneamentos detalhados em 3D em sua posição de pilotagem, o que incluiu todos os dedos das luvas, todos os contornos do capacete, todas as costuras dos couros.
“Com base nos dados da varredura 3D, criamos um modelo de plástico feito de duas metades. Demorou cerca de uma semana para acertar todos os detalhes, no entanto, o nosso Eugene 3D estava pronto para a ação”, disse Marc Bongers, diretor da BMW Motorrad Motorsport.
O túnel de vento da BMW está equipado com um motor elétrico de 2.600 cv, capaz de recriar velocidades superiores a 250 km/h. E a versão plástica de Laverty já foi usada mais de 50 vezes. “Ele é apenas um pouco mais pálido do que minha pele irlandesa“, brincou o piloto.
“O uso de um modelo 3D como este nos permite trabalhar com mais eficiência no desenvolvimento da nossa RR“, explica Bongers. “Enquanto um piloto de verdade precisa viajar para chegar aqui, a versão plástica está disponível a qualquer momento para testes no túnel de vento. Isso significa que podemos avaliar e implementar atualizações ainda mais rapidamente.”
O Mundial de Superbike é o próximo a utilizar o circuito de Jerez, uma chance de ver quais vantagens e as melhorias aerodinâmicas que os moldes em 3D de Laverty e de seu companheiro de equipe Tom Sykes (que não estava disponível na época, mas também já teve a sua versão recriada) proporcionaram à BMW.