A BMW Motorrad está apresentando hoje (12) a M1000R, versão de alta especificação da S1000R. Com mais de 200 cv, a hypernaked chega para brigar com Ducati Streetfighter V4 e MV Agusta Brutale 1000RR.
Bem aceita desde que foi introduzida em 2014, a S1000R ficou para trás nos últimos anos em termos de tecnologia e potência. A nova geração, apresentada no ano passado, não corrigiu tudo isso, pois ainda disponibiliza “apenas” 162,3 cv.
É que a BMW estava guardando o seu trunfo para a série M, divisão esportiva da fabricante que desde 2020 passou a ostentar também as motocicletas. A M1000R que vemos aqui é totalmente derivada da M1000RR, apresentada no ano passado.
A começar pelo motor de quatro cilindros em linha e 999 cm³ que conta com o sistema de válvulas variáveis de acionamento eletrônico, o “ShiftCam”. Algo que a S1000R comum não tem e fez o propulsor ganhar cerca de 44 cv, enquanto o limite de rotação sobe de 12.000 rpm para 14.600 rpm.
Para aumentar a tração foi instalada uma coroa maior de 47 dentes (45 na S1000R padrão), além de uma quarta, quinta e sexta marchas mais curtas. A pitada final é o sistema de escapamento completo de titânio fornecido pelos eslovenos da Akrapovic.
Para ajudar a evitar a elevação indesejada das rodas dianteiras, há um conjunto de asas que se projetam dos ombros do tanque de combustível e sob o guidão. Embora não seja o que você chamaria de bonito, diz-se que eles fornecem uma carga extra de 11 kg na roda dianteira a 200 km/h.
Os garfos Marzocchi de 45 mm receberam um ajuste eletrônico adicional, com as pernas do garfo modificadas para acomodar um novo conjunto de pinças radiais “M” de quatro pistões, que mordem discos de 320 mm, com dois tipos de pastilhas de freio: uma para pista, outra para estrada.
Para auxiliar o piloto (a imensa maioria novatos e não profissionais), há um conjunto eletrônico completíssimo com quatro modos de pilotagem (Rain, Road, Dynamic e Race), um modo Race Pro ( que também recebe três níveis de resposta do acelerador) e diversas opções de freio motor.
Também há controle de lançamento, limitador de pitlane, controle em subidas e o chamado “Brake Slide Assist” que permite um deslizamento controlado da roda traseira na curva, limitando a pressão do freio traseiro e o acelerador para fazer qualquer um se sentir um Valentino Rossi nos track days.
O painel TFT de 6,5 polegadas é o mesmo da M1000RR com quatro telas que ajuda você a alternar entre os vários modos, além de ativar um cronômetro e um registrador de dados. A moto ainda possui uma bateria mais leve, controle de cruzeiro, manoplas com aquecimento e ignição sem chave.
A M1000R vem ainda com uma série de acessórios, como para-lamas de carbono, manetes especiais, assento exclusivo e espelhos nas extremidades do guidão. Tudo isso fez a M1000R ficar cerca de 7.000 euros mais cara que a S1000R, quando chegar às concessionárias europeias em abril de 2023.
