A ideia de implementar uma ECU padronizada nas motos do World Superbike, tal qual como já acontece na MotoGP ganhou um opositor de peso: a BMW Motorrad. A marca alemã disse que se a regra for imposta para 2018, eles perdem o interesse de participar do campeonato.
Quem confirmou a posição da BMW foi Marc Bongers, chefe técnico da marca no World Superbike. “Nós desenvolvemos funções e sistemas de controle que vão para as motos de rua e é por isso que fazemos este tipo de desenvolvimento”, disse ao Bike Sport News.
“Se perdermos isso, perdemos o interesse em competir no World Superbike. O anti-wheelie, controle de tração e ABS são apenas alguns dos sistemas de controle e segurança que se beneficiaram com o desenvolvimento nas corridas, e continuam a melhorar a segurança nas estradas. Sem um desenvolvimento estável nas corridas, isso não aconteceria tão rapidamente.” (Marc Bongers)
Reconhecida como uma das melhores superbikes da atualidade, a BMW S1000RR notabilizou-se pela refinada eletrônica, à frente das concorrentes na época de seu lançamento. “Acreditamos que as motos de competição devem ser semelhantes às vendidos nas concessionárias e usar uma ECU com base em modelos de rua deve ser o caminho a seguir“, aponta Bongers.
A discussão sobre a implementação de uma centralina padronizada surgiu nas últimas semanas, como método de nivelar os competidores e aumentar o interesse pelo World Superbike. Nos últimos anos, o certame vem sendo dominado apenas por Kawasaki e Ducati. Entretanto, nada ainda foi decidido.