Lembra-se da aventura de Max Biaggi com uma moto elétrica experimental da equipe Venturi? Eles acabam de quebrar dez recordes de velocidade na Flórida, incluindo o de velocidade máxima: 454 km/h.
Anunciada em abril de 2019, a empreitada de Biaggi e da Venturi (uma fabricante de veículos elétricos de Mônaco) pretendia quebrar o recorde anterior de 327,608 km/h estabelecido por Jim Hoogerhyde em 2013 no deserto de sal de Uyuni, na Bolívia, mas a chegada da pandemia impediu que isso acontecesse.
Sem ter como viajar à América do Sul, a equipe optou por um lugar mais perto, o aeródromo de Châteauroux, na França, onde atingiu 408 km/h em sua melhor passagem, perfeito para comemorar o então 20º aniversário da empreitada elétrica do Grupo Venturi.
Mas ainda havia lenha para queimar. Eles continuaram desenvolvendo o protótipo streamliner Voxan Wattman, que é impulsionado por um poderoso motor elétrico de Fórmula E, o mesmo motor usado pela equipe da Mercedes, que tem um bloco de 317 kW de potência, ou seja, 430 cv.
Com as restrições mais frouxas, a equipe viajou, em novembro, até o Centro Espacial Kennedy, na Flórida. No “NASA Shuttle Landing Facility”, pista de pouso dos ônibus espaciais, Biaggi atingiu 454 km/h, a mais alta já atingida por uma moto elétrica, além de ter arrecadado outros nove recordes com diferentes configurações aerodinâmicas.
Sem a carenagem integral, mais leve, porém com maior resistência do ar, eles superaram o recorde de 1 milha com partida em movimento (368 km/h), um quarto de milha com partida em movimento (285 km/h), 1 milha com partida parada (260 km/h), 1 quilômetro com partida parada (219 km/h) e um quarto de milha com partida parada (156 km/h).
Com a carenagem aerodinâmica, o piloto fica mais deitado e totalmente integrado na estrutura. Biaggi bateu o recorde de um quarto de milha com partida em movimento (293 km/h), uma milha com partida parada (273 km/h), 1 quilômetro com partida parada (223 km/h) e um quarto de milha com partida parada (149 km/h).
“Em menos de um ano, conseguimos reduzir o peso da moto, aumentamos a sua potência e melhoramos a sua estabilidade“, disse o CEO do Grupo Venturi, Gildo Pastor. “Estes novos recordes são mais uma magnífica recompensa para o Grupo Venturi, para Max Biaggi e para os nossos valiosos parceiros, Saft, Michelin e Mercedes. Tenho o prazer de pensar que a experiência adquirida com este projeto contribuirá para melhorar a eco mobilidade. Compartilho esses recordes com meu país, Mônaco, que tanto faz para promover o desenvolvimento sustentável.”