Campeão nas 125cc em 2006 e no WorldSBK no ano passado, Alvaro Bautista voltou a pilotar uma MotoGP essa semana. O espanhol participou de um teste no circuito de Misano com a Ducati, adorou a GP23 e pode fazer uma participação curinga em breve.
Bautista pilotou a Desmosedici GP23 durante dois dias percorrendo um total de 99 voltas, a melhor delas em 1min32s590, apenas meio segundo mais lento do que o tempo anotado por Pecco Bagnaia no Q2 do GP de San Marino no ano passado (com uma GP22).
Na realidade, o tempo de Bautista seria suficiente para colocá-lo na décima posição no grid de largada, apenas 13 milésimos atrás de Aleix Espargaró (Aprilia), que anotou o tempo de 1min32s577. E o espanhol garante que não chegou ao limite da motocicleta.
“Foi um grande teste” disse Bautista. “Me diverti muito pilotando a Desmosedici GP e estou satisfeito com o trabalho que fizemos. A sensação melhorou do primeiro para o segundo dia, graças também ao trabalho da equipe. Eles ajustaram a moto com algumas mudanças que me ajudaram a ficar muito mais confortável. Também trabalhamos para encontrar confiança com diferentes pneus e os resultados foram tangíveis.”
“O futuro? O futuro é Donington e Imola. Temos duas etapas de WorldSBK muito próximas e depois desta experiência só me resta pensar no meu campeonato“, disse Bautista, minimizando os boatos de uma participação curinga (Wild Card) na MotoGP ainda esse ano.
De fato, Bautista também trabalhou em sua habitual Ducati Panigale V4R durante os testes de Misano, visando a etapa de Donington Park do campeonato, que vem dominando amplamente, com 14 vitórias em 15 corridas e pode garantir o título antes do fim do ano.
Se isso se confirmar, é bem possível que Bautista realmente faça uma participação na MotoGP, onde correu entre 2010 e 2018 com motos Suzuki, Honda, Aprilia e Ducati. As melhores oportunidades para isso são as etapas de Misano, Aragão e Valência, no segundo semestre.