Alvaro Bautista não se mostrou surpreso com o excepcional desempenho de Dani Pedrosa no GP de San Marino de MotoGP no domingo passado, cinco anos após deixar de ser piloto titular. Para o espanhol, os pilotos de sua geração são de altíssimo nível.
Pedrosa, que deixou a Honda ao término de 2018 para ser piloto de testes da KTM, participou da etapa de Misano como convidado, já testando a motocicleta de 2024. O tricampeão das 125cc e 250cc se classificou em sexto lugar na frente dos pilotos regulares da KTM, Brad Binder e Jack Miller.
Na Sprint Race de sábado, Pedrosa ganhou duas posições, ficando em quarto, muito próximo do campeão e líder do campeonato, Pecco Bagnaia (Ducati). O mesmo se repetiu na corrida principal de domingo, onde cruzou a linha de chegada apenas 4s481 atrás do vencedor, Jorge Martin.
Foi um desempenho tão excepcional que levantou a questão: Pedrosa foi um piloto tão acima da média assim… ou o nível dos pilotos atuais é que estaria nivelado por baixo? Para Alvaro Bautista, conterrâneo e contemporâneo de Pedrosa, a resposta é simples.
“Estou feliz pelo resultado do Dani, mostra que os pilotos da nossa geração são de alto nível”, sorriu. “E isso apesar dos jovens pilotos realmente nos pressionarem. Vamos ver o que acontece em Sepang. Tenho mais pressão agora porque preciso? Não! Estou muito feliz por ele porque ele é um cara legal e um ótimo piloto”.
Bautista também fará uma participação como convidado, no GP da Malásia, em outubro. O piloto de 38 anos, campeão nas 125cc em 2006 também deixou a MotoGP no fim de 2018 para ingressar no WorldSBK. A adaptação foi fácil e o espanhol rapidamente se estabeleceu entre os líderes.
“Tenho sorte que a Ducati esteja me dando esta oportunidade em Sepang”, enfatizou Bautista. “Para a Ducati, a melhor opção era Valência. Mas quando faço uma participação, quero me divertir. Não quero nenhuma expectativa sobre os resultados“, antecipou.
“A pista de Valência não me agrada, tudo lá é muito pequeno, como uma pista de kart. Provavelmente está frio e talvez esteja chovendo. Fiz lá a minha última corrida de MotoGP em 2018 e choveu durante todo o fim de semana. Prefiro Sepang. Gosto muito dessa pista, com certeza me divertirei lá“, acredita.