Álvaro Bautista foi realista quanto ao desempenho da Honda CBR1000RR-R em sua primeira corrida no Mundial de Superbike (WorldSBK), no último domingo (2). O espanhol disse que a motocicleta tem potencial, mas precisa melhorar para vencer corridas.
Na primeira corrida, realizada ainda no sábado (1º), Bautista cruzou a linha de chegada em 7º a 10 segundos do vencedor, Scott Redding (Ducati Panigale V4R). Seu companheiro de equipe, Leon Haslam ficou apenas em décimo lugar.
No dia seguinte, a Honda efetuou mudanças no acerto da motocicleta, que surtiram pouco efeito prático. Bautista encerrou a corrida principal em oitavo, a mais de 17 segundos de Redding, com Haslam em décimo segundo, 28s atrás do vencedor.
“Tinha problemas ao fechar as curvas e perdia [aderência] no pneu dianteiro várias vezes“, revelou Bautista ao GPone. “Está claro onde temos que melhorar e é importante, porque sabemos onde está o problema e precisamos encontrar uma solução. Leon teve problemas semelhantes, a falha está na moto e temos que resolver isso.“
Para Bautista, “o motor tem muita potência, mas o chassi foi fabricado sem ter estabelecido seu nível com testes. Acho que a moto é fantástica para as ruas, mas para corridas precisamos de mais“, acredita. “Muitos aspectos precisam ser aprimorados mas um, acima de tudo, é o chassi, porque todos [os pilotos] reclamaram sobre sua capacidade de virar, tanto Leon quanto [Takumi] Takahashi”, revela. “Nós reclamamos dos mesmos problemas porque eles são óbvios.”
Quando perguntado se a HRC sente falta de uma equipe de testes mais competitiva para o campeonato, Bautista sugere como a Honda poderia melhorar nesta parte: “sei que eles fazem muitos testes no Japão, mas usam outros pneus e a moto também é diferente. Não testei esses pneus, mas me disseram que são muito diferentes. Deveriam testar com os mesmos pneus e condições que nós“, opina.
A Honda voltou ao Mundial de Superbike em 2019 como equipe oficial, o que não acontecia desde 2002. A estrutura, que ainda está sendo aprimorada é operada na mesma sede da Repsol-Honda, em Madri e também é chefiada por Alberto Puig, da MotoGP.