Álvaro Bautista não escondeu as suas opiniões sobre o circuito de Imola, onde correu pela primeira vez no último final de semana, durante o Grande Prêmio da Itália do Mundial de Superbike. O espanhol disse que a pista é “perigosa no seco e impossível no molhado”.
Bautista, que havia ganho todas as corridas da temporada até então não conseguiu manter a hegemonia justamente na etapa caseira da Ducati, já que a pista de Imola fica a apenas 40 km de Bolonha, onde está a sede da marca. O piloto encerrou as duas primeiras provas em segundo e terceiro, atrás do vencedor, Jonathan Rea e de seu companheiro de equipe, Chaz Davies.
A terceira corrida foi cancelada devido ao mau tempo e Bautista aproveitou para comentar o que acha do circuito: “A primeira vez que corri aqui foi quando fizemos o teste com a Ducati e eu disse aos responsáveis pelo circuito que não acho que seja uma pista segura“, revelou ao GPone. “Os muros estão muito próximos e não há um trilho de segurança ao redor do circuito. Vimos muitas bandeiras vermelhas porque as ambulâncias são forçados a entrar na pista. Para mim, é um circuito perigoso“, concluiu.
“O design é da velha escola, mas a segurança também é. Para mim é perigosa no seco e impossível no molhado“, continuou o líder do campeonato. “O problema não é a pista, é a segurança fora dela. As áreas de escape são muito pequenas no sec e na chuva são praticamente inexistentes“, aponta. “Não é uma questão de quem quer correr ou não. É uma questão de segurança, minha e de todos, não faz sentido assumir esses riscos“, concluiu.
Jonathan Rea, por outro lado, aproveitou para cutucar Bautista, dizendo que Imola é um circuito onde o piloto ainda faz a diferença. O espanhol, no entanto, preferiu não embarcar na provocação do britânico: “Eu entendo que há pilotos com mais interesse em correr e pontuar, mas deve ter cuidado em condições assim, porque você pode perder algo mais do que pontos“, encerrou.