Pecco Bagnaia explicou melhor as diferenças entre a Ducati GP23, que utiliza nessa temporada, e a GP22 campeã no ano passado, que continua andando bem com as equipes satélites, VR46 e Gresini.
A Desmosedici GP22 é uma moto histórica para a Ducati. Além de ter sido um enorme passo a frente em relação às anteriores, foi responsável por dar o título à Pecco Bagnaia em 2022 e encerrar um jejum que já durava desde Casey Stoner em 2007.
Mas nos esportes a motor sempre há espaço para melhorias, até porque a concorrência não dorme. E, para esse ano, eles desenvolveram a GP23, uma motocicleta que parece ainda melhor, mas que não tornou a GP22 obsoleta. Tanto é que está na pole provisória para o GP da Áustria desse ano.
“A nova moto precisa de algo mais do que a do ano passado, no que diz respeito à afinação“, confessou Bagnaia ao canal Sky Sports após os treinos livres dessa sexta. O italiano já criticou a motocicleta no começo do ano por ser estável até demais.
“A GP23 tem melhor tração, ela libera mais força para o solo, mas a gente freia de uma forma diferente, a GP22 entrava nas curvas com mais velocidade, essa aqui menos“, continuou. “É uma forma diferente de pilotar, mas estamos pilotando bem, e estamos conseguindo melhorar de qualquer maneira.“
Não é o caso de seu companheiro de equipe, Enea Bastianini. Embora ainda esteja se recuperando da fratura no ombro sofrida na primeira etapa do ano, o GP de Portugal, o italiano admite que não está se achando com a GP23 da mesma forma como fizera no ano passado com a GP21.
“Tenho que entender bem, tenho que achar o ponto forte dessa moto, ando mal, não consigo fazer sempre a mesma volta, estou atrás, tenho que tentar não pensar no resultado mas estamos longe“, disse à Sky Sports. “Preciso de mais quilometragem, não sou competitivo“.
No treino de hoje, Bastianini ficou apenas na 16ª posição, a quase 1 segundo do líder Marco Bezzecchi (VR46) com a GP22, além de ter caído. “Sim, estava bastante nervoso, mas estou errado, não é a maneira de abordar , a partir de agora não vou pensar no resultado mas apenas em ter boas sensações. Trabalhamos sempre um pouco tensos.“
