O motorista que atropelou – e matou – Nicky Hayden em maio do ano passado teve sua sentença revelada pela justiça italiana ontem (10). O homem, que não teve a sua identidade revelada foi condenado a 1 ano de prisão e encargos adicionais.
Hayden, que foi campeão da MotoGP em 2006, estava pedalando na região de Rimini, próximo ao circuito de Misano na Itália, quando foi atropelado por um motorista de um Peugeot distraído em um cruzamento.
O norte-americano foi resgatado com severas lesões na cabeça e faleceu cerca de uma semana depois. Uma investigação e um processo criminal foram imediatamente instalados pela justiça italiana, além de um segundo processo, dessa vez civil, pela família de Hayden.
O processo criminal, que foi encerrado agora, concluiu que Hayden teve 30% da parcela de culpa pelo acidente, já que estava pedalando com fones de ouvido no momento do acidente e não respeitou um sinal vermelho no cruzamento.
Ao motorista do Peugeot foram atribuídas 70% da culpa, já que trafegava a 70 km/h em uma zona de 50 km/h, além de também estar distraído. O juiz considerou que se o homem estivesse na velocidade permitida, o acidente poderia ter sido evitado.
Além da sentença de um ano de prisão (que é padrão na Itália) o motorista teve a sua carteira de habilitação cassada e terá que pagar os custos do julgamento. O seu advogado, no entanto, afirma o caso irá para a apelação.
“Foi um drama para duas famílias“, disse Pierluigi Autunno, advogado do motorista de 31 anos. “Vamos apelar, há mais relatórios e tudo gira em torno do nexo de causalidade. Acreditamos que meu cliente fez tudo para evitar o acidente. Aguardamos as motivações com confiança e vamos apelar”.
A expectativa de Autunno é de que o juiz amenize a sentença de um ano de prisão para apenas três meses, ou 90 dias. Contudo, o processo civil movido pela família de Hayden continua em andamento buscando uma indenização de 6 milhões de dólares, o máximo coberto pela apólice de seguro italiana.