A possibilidade é grande de que a Honda apresente uma versão carenada da nova Hornet 750, apropriadamente chamada de CBR750RR. E a imprensa japonesa até já encomendou uma ilustração de como o modelo pode ser.
Foram os mesmos japoneses da revista Young Machine que, ainda em meados do ano passado, cravaram que a Honda pretende estabelecer uma família de modelos com o novo motor de 755 cm³ que equipa a Hornet apresentada no Salão de Colônia, em outubro.
A primeira derivação da Hornet já foi apresentada, a nova Transalp 750, que veio a luz durante o Salão de Milão, em novembro do ano passado. Mas, segundo os japoneses, ainda há duas motocicletas na manga: a semi carenada retrô Hawk 75 e a esportiva CBR750RR.
Mas por que a Honda faria uma CBR750RR tendo a ótima CBR650R ainda em ação? A cúpula da fabricante japonesa certamente já deve estar pensando em seu fim, devido aos limites de emissões cada vez mais severos e ao verdadeiro esvaziamento do segmento supersport.
Hoje, as esportivas médias são menos radicalmente esportivas do que foram um dia a Honda CBR600RR e Yamaha YZF-R6. Não apenas porque há menos interesse, mas também porque seus custos de produção são consideravelmente altos, praticamente os mesmos de uma 1.000cc.
É muito mais vantajoso para elas fazer uma versão esportiva de modelos urbanos, como a Yamaha fez com a Yamaha R7, derivada da MT-07. Uma supersport tecnicamente muito menos sofisticada que a R6, porém capaz de entregar muita alegria sem precisar estourar o bolso.
Se vier como a Hornet, a CBR750RR terá pelo menos 90,6 cv e 7,65 kgf.m de torque a 9.500 rpm. Enquanto isso a Yamaha R7 desenvolve 74,8 cv a 8.750 rpm e 6,9 kgf.m de torque máximo a 6.500 giros. Há vantagens e perdas aqui, para quem souber interpretar os números.
Além da Yamaha R7, há outros modelos para a CBR750RR concorrer, como a Kawasaki Ninja 650 (a pioneira do segmento) e a Aprilia RS660. Todas custam, na Europa, em torno de 10.000 euros. Certamente, a nova Honda teria um preço semelhante.