Assim como a Honda, a Suzuki também estaria trabalhando em um novo controle de válvulas variáveis (VVT) para ser introduzido na próxima geração da GSX-R1000. O sistema visa substituir o atual, que é mais simples.
Apresentada em 2015, a geração atual da GSX-R1000 conta com um sistema básico de válvulas variáveis que utiliza contrapesos na roda de acionamento da árvore de manivelas, para ajustar o tempo com o aumento da velocidade do motor.
Puramente mecânico, o sistema funciona apenas no lado da entrada e não tem influência na elevação da válvula – apenas torce o perfil do virabrequim. Foi desenvolvido para atender aos regulamentos da MotoGP, onde soluções de acionamento eletrônico ou hidráulico não são permitidos.
Embora funcione bem, o sistema da Suzuki ainda está longe das possibilidades oferecidas pelos novos sistemas totalmente variáveis como o BMW ShiftCam, da S1000RR, ou mesmo o projeto VTEC em que a Honda está trabalhando para a próxima CBR1000RR Fireblade.
Novidade para a próxima Hayabusa?
Agora, contudo, a Suzuki apresentou um registro de patente correspondente a um novo sistema que se utiliza de um acionamento hidráulico para trocar o acionamento do virabrequim na entra e na saída. Mas ao contrário de BMW e Honda, módulos especiais são acionados pela pressão do óleo para girar as árvores de manivelas.
No geral, o projeto da Suzuki parece ser uma reminiscência do “DVT” da Ducati ou de sistemas comuns de fabricação de motores automotivos. Embora seja mais simples que o projeto da Honda, ainda deve ser capaz de elevar a potência ao mesmo tempo em que reduz as emissões de poluentes para o Euro5, grande preocupação das montadoras e que começa em 2020.
O dispositivo, claro, pode perfeitamente ser utilizado em outros motores além da GSX-R1000. Vale lembrar que a GSX-R 1340 Hayabusa (assim como as menores GSX-R600 e GSX-R750) teve a sua produção interrompida na Europa no final de 2018 devido às emissões de poluentes, mas podem regressar rejuvenescidas em breve.