A ascensão das motos elétricas pode significar o fim da indústria de escapamentos? Não para Paolo Termignoni, chefe do departamento técnico da SC-Project Exhaust. O executivo acha que os motores a combustão continuarão imperando pelos próximos 30 ou 40 anos.
Termignoni, que é filho de Luigi, fundador da marca que leva o seu nome, hoje supervisiona a fabricação de todos os escapamentos fabricados pela SC Project, desde o lançamento de ações até o sistema de competição utilizado pela Honda RC213V de Marc Márquez e Dani Pedrosa.
Questionado pelos britânicos do Visordown, Termigononi não acredita que os veículos elétricos representam uma real ameaça, pois enquanto houver motociclistas apaixonados, sempre haverá motocicletas com motores a combustão interna.
“Eu não acho que as motocicletas elétricas representem uma ameaça para o nosso setor“, disse Termignoni. “Para ciclomotores e mobilidade urbana, a eletricidade é boa, mas pela paixão das motos, não acho que seja um problema”, completou com Fabio Campanile, do departamento de imprensa da empresa.
Desde 1969, as principais máquinas utilizam escapamentos Termignoni. Para Paolo, o ronco ainda faz parte da emoção de se pilotar. “Não há nada ligado à paixão nas motos elétricas, um verdadeiro piloto quer sentir a vibração e o som da moto“, continua o italiano. E acrescenta: “E a tecnologia também não está pronta. Pode ser o futuro, mas está muito longe, há mais de 30 ou 40 anos”, acredita.