Com todas as equipes de ponta praticamente fechadas para 2019, resta saber qual será o futuro de Dani Pedrosa na próxima temporada. O espanhol tem poucas opções para continuar competindo na Categoria Rainha do Motociclismo.
Aos 32 anos de idade, Pedrosa encara a fila do desemprego pela primeira vez desde que chegou à MotoGP em 2006. O bicampeão nunca havia trocado de equipe, mas perdeu o seu lugar na Honda para Jorge Lorenzo em 2019.
Ainda assim, com 31 vitórias e 112 pódios no currículo, Pedrosa é um dos pilotos mais valorizados do grid, graças à sua vasta experiência. Por isso, seu passe deve ser disputado a tapa pelas equipes restantes pelos próximos meses, que são:
Suzuki Team Ecstar
A Suzuki já anunciou a renovação de Alex Rins e confirmou que Andrea Iannone não continuará com a equipe em 2019. Embora as negociações com o novato Joan Mir sejam bem conhecidas, o anúncio de fato ainda não foi feito.
Competindo pela marca de Hamamatsu, Pedrosa teria, em teoria, uma motocicleta de acordo com o seu estilo suave de pilotagem, já que a GSX-RR é conhecida por uma excelente manobrabilidade, ao contrário de Honda e Ducati.
Aprilia Racing Gresini
Situação semelhante é vista na Aprilia, onde apenas Aleix Espargaró está garantido para o próximo ano. No entanto, seu companheiro de equipe, o britânico Scott Redding já recebeu o aviso prévio e as próximas corridas devem ser suas últimas na MotoGP.
A Aprilia nunca conseguiu se firmar na MotoGP, embora tenha uma história de sucesso nas 250cc. A primeira passagem, entre 2003 e 2005 passou praticamente despercebida e esta, que começou em 2015 não está sendo diferente. A chegada de Pedrosa seria de grande valia para nortear o time.
Petronas-YamahaAntes de Lorenzo ser confirmado na Honda, seu nome vinha sendo ventilado em uma nova equipe satélite que está sendo montada por Hazlam Razali, diretor do circuito de Sepang com o apoio do governo malaio através da Petronas. O time surge depois da saída da Tech3, que vai utilizar maquinário KTM em 2019.
De acordo com Razali, o projeto é sério, já que é um desejo da Petronas desenvolver novos produtos ao lado da Yamaha, montadora que também necessita desesperadamente de novos parceiros técnicos. Aqui, mais uma vez, a presença de Pedrosa como desenvolvedor seria um grande negócio.
Angel Nieto Team e Avintia
Uma possibilidade bastante remota seria Pedrosa entrar na antiga equipe de Jorge Aspar Martinez, hoje renomeada com o nome do grande Angel Nieto. Pequeno e humilde, o time espanhol não deve renovar os contratos de Álvaro Bautista e Karel Abraham.
A possibilidade, no entanto, é praticamente impossível já que, além de tudo, Pedrosa também teria de pilotar motos Ducati, reconhecidamente grandes, pesadas e mais difíceis de pilotar, como bem viu Lorenzo.
Esse também é o caso da Avintia Racing, uma equipe ainda menor do que a Aspar. Além de limitado financeiramente, o time é outro que corre com motos. Parece pouco provável, contudo, ver Pedrosa por lá em 2019.
Aposentadoria
Com apenas 1,60 metros de altura e 51 kg, Dani Pedrosa não tem o chamado “físico ideal” para pilotar superbikes de 1000cc, o que torna seus feitos na MotoGP ainda mais impressionantes. Para completar, o espanhol possui uma longa lista de cirurgias desde passou a competir esportivamente.
Foram mais de trinta (!!) intervenções cirúrgicas nos últimos dez anos, a última no punho direito há apenas dois meses, resultado de uma colisão com Johann Zarco no GP da Argentina. Sem lugar em uma equipe de alto nível, a aposentadoria, com certeza, está na cabeça de Pedrosa. Os próximos meses serão decisivos.