A Aprilia realmente tomou gosto pela MotoGP e tem trabalhado intensivamente para se manter competitiva. Agora, foi descoberto uma nova patente aerodinâmica para dar (ainda) mais velocidade nas curvas.
Desde que a centralina eletrônica foi padronizada pela FIM em 2016, as fabricantes tiveram que voltar a recorrer a meios aerodinâmicos em busca de performance. A pioneira foi a Ducati, que instalou as primeiras asas modernas em seus modelos Desmosedici. Os resultados falam por si.
A rival Aprilia não quis ficar atrás e nos últimos anos também tem corrido atrás de mais downforce. “Agora precisamos de aerodinamicistas da Fórmula 1“, disse na época o diretor da equipe, Massimo Rivola. E o protótipo RS-GP tornou-se tão rebuscado quanto a Ducati.
A patente descoberta revela uma nova carenagem, com flancos nas laterais, que parecem agir em conjunto com as asas em formato de bigode e geram força descendente quando a motocicleta está inclinada a ângulos bem acentuados, acima de 60 graus.
Podem existir vantagens e desvantagens: o efeito solo permite velocidades mais altas nas curvas, mas aumenta a resistência do ar e reduz a velocidade máxima nas retas, o que é chamado de “arrasto aerodinâmico”. O desafio é conseguir mais downforce sem gerar mais arrasto.
Além de tudo, a patente permite à Aprilia ter um argumento de venda único entre as superbikes de produção: nenhum concorrente teria uma carenagem de formato semelhante. Nesse certame, os italianos atacam com o seu modelo esportivo RSV4.
A Aprilia realmente tem abraçado a aerodinâmica como forma de melhorar a sua performance na MotoGP. No ano passado, outra patente descoberta mostrava como até o piloto estava sendo estudado como apêndice aerodinâmico.