A Kawasaki dos Estados Unidos surpreendeu ontem (26) ao anunciar o retorno da KLR 650, ultra estimada trilheira que havia sido descontinuada em 2018. O modelo 2022 continua praticamente de onde parou, mas com algumas atualizações.
Imagine a base de fãs da Yamaha XT 660R no Brasil. O mesmo acontece nos Estados Unidos com a Kawasaki KLR 650. Lançada em 1987, a motocicleta se estabeleceu como uma das máquinas mais robustas, torcudas e confiáveis dos aventureiros raiz, aqueles que realmente não tem medo de encarar uma trilha enlameada.
Aproveitando seu status cult o tempo todo, a KLR 650 passou por apenas uma atualização significativa em 2008 antes de a Kawasaki puxar a tomada dez anos depois, para a indignação de seus apreciadores, que não se importavam de a moto não ter nem painel digital.
Felizmente a Kawasaki dos EUA deu ouvidos aos pedidos e a KLR 650 está de volta exatamente de onde parou. Claro que os japoneses deram uma atualizadinha geral. O design é mais complexo e angular. O farol, por exemplo, poderia ser tirado de qualquer roadster da marca. O DNA da família é realmente muito evidente.
Por baixo, no entanto, o quadro tubular de aço é o mesmo, assim como o motor monocilíndrico de 652 cm³, tão resistente quanto uma pedra vulcânica. Para 2022, o carburador Keihin CVK-40 desenvolvido por Fred Flinstone dá lugar a uma moderna injeção de combustível de 10 orifícios e sensor de 0² para cumprir as leis de emissões.
Perfis revisados nas entradas de admissão e um novo diâmetro do tubo de escape (reduzido em 7,7 mm) melhoraram as características de torque em médios giros para se adequar ao uso diário, enquanto uma nova corrente de comando mais robusta aumenta a confiabilidade. A potência não foi revelada, mas não deve ser muito diferente dos 42 cv e 4,7 kgf.m do modelo anterior.
Eles também mexeram na embreagem e na transmissão para melhorar a sensação de deslocamento e reduzir o peso. O braço oscilante é 30 mm mais longo e os discos de freio ficaram ligeiramente maiores. Os garfos telescópicos convencionais de 41mm, no entanto, são exatamente os mesmos de antes.
O painel analógico foi substituído por uma tela de LCD de fácil leitura com luz de fundo branca. Como os proprietários tendem a instalar uma série de acessórios, a Kawasaki aumentou a potência do alternador de 17 para 26 amperes. Com lâmpada de LED, o farol consome menos energia, a bobina de ignição está mais leve e uma nova bateria, mais leve e mais forte, foi instalada.
A nova Kawasaki KLR 650 será oferecida no mercado norte-americano em quatro sabores: básica (US$ 6.699); ABS (US$ 6.999); Traveller (US$ 7.399) e Traveller Adventure (US$ 7.999), que vem com um conjunto de malas de série, entrada USB e outros acessórios. Taí uma moto que deveria vir para o Brasil. O que você acha?