O Grupo Polaris, proprietário da Indian divulgou, no último dia 28, o balanço comercial do primeiro trimestre de 2020. Apesar da pandemia de Coronavírus e ao contrário do que se esperava, a marca de Springfield foi 7% melhor que em 2019.
De acordo com o relatório financeiro apresentado, o conglomerado industrial (que é proprietário de diversas marcas e atua em diversos mercados) teve suas vendas totais reduzidas em 6% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Então como é possível que a Indian tenha ficado no positivo após um período tão complicado?
De acordo com a imprensa norte-americana, isso aconteceu porque o Grupo Polaris colocou, no mesmo grupo, as vendas das motocicletas Indian e do Slingshot, um veículo motorizado de três rodas. Além disso, quando a crise do Coronavírus realmente eclodiu nos EUA, em meados de março, o primeiro trimestre já estava praticamente encerrado.
Já não é segredo que os Estados Unidos se prepararam muito mal para enfrentar a pandemia da Covid-19, com praticamente todo o país agindo como se nada estivesse acontecendo até a terceira semana de março, quando os voos da Europa foram finalmente interrompidos e o isolamento social começou.
Mas mesmo antes do Coronavírus, a Indian apresentava resultados muito mais sólidos do que sua rival Harley-Davidson. Um dos motivos apontados é estrondoso sucesso da FTR1200, motocicleta esportiva derivada das competições de Flat Track norte-americanas, embora os resultados por modelo não estejam claros no relatório.
E mesmo que o Grupo Polaris tenha anotado uma redução de apenas 6% é uma boa notícia. Tanto a Índia quanto a Itália sofreram perdas de dois dígitos no mesmo período, o que, claro, variou de marca para marca. Além disso, o mercado norte-americano já vinha estagnado nos últimos anos. Veja os resultados abaixo.
Países | 2020 Q1 vendas |
China | -58% |
Argentina | -37% |
Itália | -25% |
Índia | -20% |
França | -17.80% |
Reino Unido | -12.20% |
Espanha | -10.80% |
EUA |
-10.60% |
Tailândia | -6.80% |
Alemanha | -5.80% |
Colômbia | 0% |
Taiwan | +0.90% |
Brasil | +3% |