A Yamaha YZF-R6 não será a única a deixar as ruas a partir de 2021. A marca dos diapasões pretende descontinuar outros modelos por não se enquadrarem mais às novas leis de emissões na Europa, o que pode acabar se refletindo em outros países.
Embora as fabricantes tenham recebido permissão para continuar vendendo modelos padrão Euro4 além de 31 de dezembro, isso só acontecerá até esvaziarem os estoques e minimizar os prejuízos da pandemia. Novos desenvolvimentos, no entanto, devem obedecer ao Euro5, o que acaba se refletindo nos EUA e em outros mercados.
Até o momento, nem toda a linha Yamaha foi adaptada para o Euro5 e nem todos serão, eles já avisaram. Entre as esportivas, as motocicletas, YZF-R1, YZF-R1m, YZF-R125 já foram confirmadas, mas a best seller YZF-R3 ainda não. De qualquer forma, sua atualização está no horizonte e deve acontecer em 2021.
No segmento turismo esportivo, a Yamaha vai concentrar todos os seus esforços na Tracer 7 e Tracer 9, ambas anunciadas essa semana com suas respectivas versões GT. Por outro lado a legítima Gran Turismo FJR 1300, que já vendeu 120.000 desde 2001 (algumas importadas ao Brasil) será definitivamente descontinuada. Ainda existem algumas unidades da Ultimate Edition a partir de 20.000 euros.
No segmento denominado pela Yamaha como “Sport Heritage”, a XSR 700, versão retrô da MT-07 já tem a homologação Euro5, mas não a XSR 900 (MT-09), que deve acontecer nos próximos meses. O mesmo não deve com suas opções de estilo norte-americano, XV 950R e SCR 950, que devem desaparecer dos catálogos.
Mas talvez a morte mais emblemática seja a da XT 1200Z Super Téneré. A big trail, que acompanha aventureiros ao redor do mundo há uns bons dez anos não será ajustada para o Euro5 e isso foi informado apenas como uma observação lateral no último comunicado à imprensa. O interessante é que o segmento vive o seu auge e soa bastante estranho o desinteresse da Yamaha em sua representante. Será que vem modelo novo aí?
De qualquer forma, todas essas decisões se aplicam apenas ao mercado europeu, atualmente o mais lucrativo do mundo em deslocamentos acima de 500 cm³ e também o mais restritivo quanto à emissões. A Super Ténéré, por exemplo, continua nos EUA e no Brasil. Mas a terra do Tio Sam já anunciou que, além da R6, a popular V-Max e a trilheira WR250R serão aposentadas. Como se vê, uma coisa puxa a outra.