O lendário Giacomo Agostini foi mais um a exaltar o atual momento da MotoGP. Em uma recente entrevista, o italiano confessou que gostaria pilotar com a atual geração de pilotos e ainda comentou a situação de Valentino Rossi, Maverick Viñales e Jorge Lorenzo.
Agostini foi entrevistado pelos conterrâneos do “Corriere della Sera”, onde falou sobre diversos assuntos, como o passado e o presente do motociclismo. O italiano confessou que todo piloto sente falta de voltar às pistas.
“Eu daria qualquer coisa para ser capaz de voltar 40 anos novamente. Ter estado em um esporte de alto nível, as vitórias, os fãs e tudo em torno disso… não é tão simples. Alguns ficam deprimidos. Quando eu parei, eu chorei três dias sem interrupção. Mas eu disse a mim mesmo: A vida continua.” (Giacomo Agostini)
Agostini também comentou sobre os pilotos atuais. O multicampeão disse que não se importará se Valentino Rossi superar o seu recorde de vitórias e acha que Maverick Viñales precisa controlar suas emoções se quiser vencer o campeonato.
“Não esperava ver Rossi novamente na liderança do campeonato, embora saiba que ele é um grande piloto. Sou honesto, queremos manter todos os recordes. Eu posso dizer que sim, acho que ele vai conseguir e deve fazê-lo de qualquer maneira, por isso não vou ficar doente. Sobre Viñales, não esperava menos dele. Agora dependerá como ele tem suas emoções sob controle quando se trata de lutar pelo campeonato.”
O ex-piloto também comentou sobre a situação de Jorge Lorenzo, que em suas primeiras corridas pela Ducati ocupa apenas a 9º posição no campeonato com 65 pontos. Agostini disse que o espanhol ainda tem tempo, mas já devia estar adaptado à moto.
“Até agora, eu esperava um pouco mais, mas ele só deve estar em 2018 na briga pelo título. Quando eu saí MV Agusta e passei para a Yamaha, que era realmente uma moto completamente diferente, eu levei dez dias até estar 100% adaptado. Uma motocicleta é sempre uma motocicleta. Suponho que não pagaram um campeão do mundo para dar-lhe um ano de tempo.”
Para encerrar, Agostini ainda se mostra surpreso por ver jovens que ainda lhe pedem autógrafos: “Peço-lhes, primeiro se eles podem dizer o meu nome, para ter certeza se eles realmente sabem quem eu sou“, afirma.