Leon Camier não escondeu ter grandes esperanças competindo com a Honda no World Superbike. O britânico disse que pretende chegar ao pódio já na primeira corrida do ano e tem o objetivo de ganhar o título.
Camier, que vinha competindo pela modesta MV Agusta explicou aos italianos do GPone que a Honda está fazendo um maior esforço para voltar a se sobressair no World Superbike, o principal campeonato de motos de produção do mundo.
“Eu decidi trocar de equipe, porque, apesar do fato de a Honda ter tido uma temporada muito difícil, pude ver que a Fireblade SP2 tem um grande potencial. Existem boas chances de melhorar o pacote técnico da CBR e se aproximar das motos mais rápidas. Sabemos que ainda há muito trabalho a fazer, particularmente em termos de eletrônica. Em Jerez, usei o sistema Cosworth, não é ruim, mas logo teremos o novo Magneti Marelli que, se bem configurado, pode nos garantir um ritmo mais consistente. Eles estão interessados em voltar a ganhar e focados no trabalho que tem que fazer para me dar uma moto competitiva. Eles renovaram a motivação na Honda.” (Leon Camier)
Camier tem como sustentação para sua expectativa um maior investimento da HRC no campeonato. O britânico, inclusive afirma que os japoneses querem voltar a vencer nas 8 Horas de Suzuka, corrida de longa duração que já foi contatado para fazer.
“Eles já me contataram me perguntando. A corrida é dura, mas atraente, muito importante para a Honda e para os fabricantes japoneses. Se eles me oferecem uma moto de fábrica, estarei em Suzuka, também porque eu gosto de correr lá, apesar do calor insano. Provavelmente haverá mais comunicação entre a equipe e o Japão e eu poderia ser o link. A primeira missão da Honda será as 8 Horas de Suzuka, então a MotoGP. A Honda também estará mais envolvida no World Superbike, com importantes atualizações de chassi e algo para o motor.”
Confiando nisso, Camier espera ser competitivo de imediato do World Superbike, conquistando um pódio logo nas primeiras corridas e até chegando a lutar pelo título. O último aconteceu em 2002 com Colin Edwards.
“Eu quero fazer bem com a Honda, alcançando o pódio já nas primeiras corridas. Minha primeira impressão da CBR é que ela tem muitos pontos positivos e pontos fortes. Se configurarmos bem a motocicleta, trabalhando cuidadosamente em todos os detalhes técnicos, como a eletrônica e o motor, é razoável pensar no pódio já na Austrália. Cheguei à Honda para ganhar o título do World Superbike, esse é o meu verdadeiro objetivo”.
Em 2017, a temporada da Honda no World Superbike foi caótica. Apesar de possuírem uma nova geração da CBR1000RR , os pilotos Nicky Hayden e Stefan Bradl ficaram para trás nas primeiras corridas do ano. Com a inesperada morte do norte-americano em maio, outros pilotos foram chamados como Davide Giugliano, Jake Gagne e Takumi Takahashi.