Jorge Lorenzo foi um dos pilotos mais observados nos testes de Valência por estar experimentando pela primeira vez a Ducati que irá utilizar em 2017. Só que, devido à seu contrato com a Yamaha, o espanhol estava proibido de falar a respeito em público. Mas, conseguimos reunir algumas informações extra-oficiais.
No somatório de tempos dos dois dias de testes, Lorenzo ficou na oitava posição, 0,769 atrás de Maverick Viñales, o mais rápido com a Yamaha YZR-M1 que era do pentacampeão. A revista Sport Rider Magazine descobriu quais eram os seus primeiros pensamentos sobre a Ducati e eles mostram uma leitura interessante:
– Lorenzo ficou impressionado com a eficiência da eletrônica. Ele sentiu que o software padronizado da Dorna funciona muito mais precisamente na Desmosedici do que no Yamaha M1. Talvez isso aconteça porque a montadora italiana trabalha com a peça desde a temporada 2015;
– Outro aspecto muito elogiado por Lorenzo foi a estabilidade em frenagem. Uma das mais velhas e principais virtudes das Ducati desde o tempo de Casey Stoner foi outro aspecto da moto com a qual Lorenzo ficou muito feliz;
– Lorenzo também não escondeu as críticas e a principal delas foi a dificuldade em deitar nas curvas. Apesar de algumas melhorias nesta área, este foi um problema que Andrea Dovizioso e Andrea Iannone ainda reclamaram bastante durante toda a temporada.
Ainda de acordo com relatos da mídia britânica, Lorenzo pediu aos mecânicos mudanças em certos aspectos do acerto, mas em um determinado disse para o chefe da equipe, Gigi Dall’Igna: “Não Gigi, com esta moto não há maneira de fazer uma volta aqui em 1min29…”
Como sempre, portanto, é no comportamento em curva em que os engenheiros de Borgo Panigale precisam se debruçar. Lorenzo é conhecido por deitar com suavidade e abrir o acelerador antes dos demais pilotos necessitando de uma entrega de potência suave e boa aderência. Vamos ver como a moto estará no regresso das férias, em 31 de janeiro.