A estrutura de pilotos da KTM tem mais uma joia guardada: Pedro Acosta, que briga pelo título da Moto2. O impaciente espanhol quer subir logo à MotoGP em 2024 contra a vontade da marca. Isso pode acabar resultado em uma nova equipe ou até em ruptura da parceria.
Acosta, de apenas 19 anos, é considerado a maior promessa da Espanha desde Marc Márquez. O piloto conquistou com facilidade o título da Moto3 em 2021. Sua caminhada na Moto2 tem sido menos fácil, mas ninguém nega que seu talento é o maior da categoria.
Depois de duas sólidas vitórias consecutivas, na França e na Itália, Acosta voltou a liderar o campeonato e já se sente pronto para dar o passo à MotoGP em 2024. Só que a KTM, receosa de acontecer o mesmo que Iker Lecuona, Remy Gardner e Raul Fernandez, prefere que ele fique na Moto2 por mais um ano.
“Meu pedido ou desejo é que ele vá para outra temporada na Moto2“, disse o diretor da KTM, Pit Beirer. “Eu sei que ele não está muito motivado para fazer isso, mas também é muito jovem. Quer dizer, se você olhar para o que Dani Pedrosa fez aos 37 anos em Jerez, então você olha para a idade de Pedro, ele ainda tem muito de tempo, não há pressa para passar para a MotoGP.“
Acosta já disse que está aberto a negociações, embora sua preferência continue sendo a KTM: “São muitas opções, tanto para subir quanto para ficar. É claro que ficar é o que menos gosto, mas também estou pensando nisso. Como sempre digo, a KTM é a que me deu a oportunidade de subir e a que me trouxe até aqui, por isso acho que este caminho é o melhor para a minha carreira.”
Para não perder Acosta para outra equipe (dizem que Honda e Yamaha estão negociando com ele), a KTM pode se ver forçada a colocar uma terceira equipe na MotoGP, que poderia levar o nome de Husqvarna, uma das marcas do grupo. No entanto, isso esbarra em um problema de espaço no grid, já que não seria do interesse da Dorna ter mais de 22 motos na principal classe.