Stefan Bradl, que irá competir pela Honda na próxima edição das 8 Horas de Suzuka fez revelações interessantes após testar a CBR1000RR que vai utilizar na prova. O alemão disse que a motocicleta é mais fácil de pilotar que a sua Fireblade do World Superbike.
“A primeira impressão que tive é que a moto é mais acessível, mais amigável e mais manejável que a que temos no World Superbike“, revelou Bradl aos alemães do Speedweek, ressaltando que os pneus utilizados nos campeonatos são diferentes. “Aqui montamos Bridgestone, lá Pirelli“, enfatiza.
Mas, apesar disso, Bradl se mostrou surpreso com o motor, de comportamento bem diferente. Enquanto as unidades do World Superbike são preparadas pela Cosworth, na Inglaterra, os propulsores da equipe F.C.C. TSR Honda são acertados diretamente pela HRC, no Japão e possuem muito mais torque.
“Os engenheiros da Honda disseram-nos que os motores das 8 Horas são preparados exclusivamente no Japão. Eles também se encarregam de toda a eletrônica“, revelou Bradl. “Hoje mesmo revi Shinichi Kokubu, que foi nosso diretor técnico na MotoGP por anos. Nunca o vi em uma corrida do World Superbike“, continuou.
Apesar de tudo, Bradl, que irá correr ao lado de Randy De Puniet e Dominique Aegerter, disse que essa moto também precisa melhorar. “Não estamos totalmente satisfeitos com o chassi, Domi e Randy disseram que é muito rígido e não transmite os movimentos, precisamos sentir melhor sentir as suspensões. Mas seu comportamento e eletrônica estão em outro nível“, acredita.
Bradl e seu agora ex-companheiro Nicky Hayden vinham passando muitas dificuldades com a Honda no World Superbike. Em Laguna Seca, o alemão foi apenas o 11º. “Agora eu sei que se a Honda entrasse no projeto WSBK não estaria sendo tão difícil como agora“, aponta. “A Honda sabe como fazê-lo.”