O ano de 2021 vai ser daqueles que a Yamaha vai fazer questão de lembrar. Afinal não é sempre que se é campeão de diversas modalidades ao mesmo tempo, como MotoGP, Mundial de Superbike, Supersport, MotoAmerica, entre outros.
A grande conquista de Fabio Quartararo, além de marcar o primeiro título da França na era MotoGP, também encerrou um jejum de seis anos sem títulos na Categoria Rainha. O último havia sido o de Jorge Lorenzo em 2015, aquele que aconteceu com um gosto amargo em meio às polêmicas envolvendo ainda Valentino Rossi e Marc Márquez.
No WorldSBK, Toprak Razgatlioglu garantiu, no último final de semana, na Indonésia (país onde a marca tem uma de suas maiores fábricas), o seu primeiro título mundial, encerrando um domínio de Jonathan Rea e da Kawasaki que também durava seis anos. O último título deles lá havia sido em 2009, com Ben Spies.
No Mundial de Supersport também deu Yamaha…nas quatro primeiras posições! Dominique Aegerter ficou com o título, seguido de Steven Odendaal, Manu González e Jules Cluzel. O modelo YZF-R6 venceu quase todas as etapas, com exceção da última, na Indonésia. Um ano de glórias para essa que é uma das melhores supersports de todos os tempos, antes da mudança no regulamento prevista para o próximo ano.
No campeonato norte-americano, o MotoAmerica, a Yamaha já domina desde a inauguração em 2015 com Cameron Bauber. Em 2021, Jake Gagne foi impiedoso, vencendo quase todas as etapas, com exceção de três. Até Mathew Scholtz se deu ao luxo de ser vice-campeão em outra YZF-R1.
No competitivo e prestigiado campeonato britânico (BSB), parecia que o título iria escapar de Tarran MacKenzie, mas na última etapa, realizada em Brands Hatch, o piloto da Yamaha conseguiu uma trinca de vitórias que destruiu todas as ilusões de Tommy Bridewell e da Ducati.
Mas não parou por aí. Até no campeonato japonês deu Yamaha, com Katsuyuki Nakasuga faturando a categoria principal, a JSB1000. Quer mais? Esse foi nada menos do que seu décimo título em 14 temporadas no certame, (2008, 2009, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2018, 2019 e 2021), todos com a marca dos diapasões.
O que faltou? Para a temporada da Yamaha ser perfeita, ficou faltando o título de construtores na MotoGP (Ducati), no Rali Dakar (Kevin Benavides, Honda), Mundial de Motocross (Jeffrey Herlings, KTM) e Mundial de Endurance, mais uma vez conquistado pela Suzuki Endurance Racing Team (SERT). Mas como perfeição não existe…