O ano de 2018 será o último em que veremos a espetacular superbike MV Agusta F4 nas concessionárias da marca. Quem garante é o próprio CEO da marca, Giovanni Castiglioni e os motivos são vários, conforme explicou.
O executivo, herdeiro dos fundadores da marca concedeu uma reveladora entrevista aos norte-americanos do Asphalt and Rubber, onde revelou diversas novidades, como a volta da Cagiva como marca elétrica e a nova Brutale de 1000cc que está a caminho.
Comentando sobre a naked, Castiglioni disse que a marca está trabalhando para criar um novo motor de quatro cilindros que seja de acordo com as novas normas antipoluição da Europa e Estados Unidos. Contudo, os primeiros modelos a receber esse propulsor serão a Brutale e uma inédita Café Racer, deixando as superbikes para outro momento.
“As superbikes são um mercado muito nicho. Nós teremos elas porque é nosso carro-chefe, mas a F4 será encerrada esse ano. Este é o último ano da F4″, garantiu Castiglioni. “Então, quando encerrarmos, vamos começar o novo motor com nakeds e neoclássicas“.
Castiglioni foi ainda mais longe, revelando que a MV Agusta deve deixar o Mundial de Superbikes em breve: “Vamos correr este ano e provavelmente no próximo, sim. Depois, não sei se é tão conveniente ou interessante, vamos ver“, explicou antes de questionar a real importância das corridas: “Primeiro, não acho que o campeonato seja muito popular. Em segundo lugar, não acho que haja comprovadamente um link entre o quanto você ganha e o quanto você vende“, indagou o italiano.
“Portanto, eu não acredito que seja necessário correr para fazer algo muito bom para as ruas“, continuou Castiglioni, antes de cutucar os organizadores sobre as recentes e severas restrições que o WSBK impõe às fábricas. “Gostaríamos de levar ao mercado novas tecnologias e novas aplicações, o que é algo que os grandes fabricantes não podem fazer“.
Por fim, Castiglioni ressaltou que o fim da F4 não será o fim das superbikes da MV Agusta: “Em 2019 e 2020 não teremos, porque queremos desenvolver algo novo, algo que é pouco convencional“, sinalizou. “Talvez sejamos criticados, mas não queremos desenvolver uma superbike com a mentalidade do regulamento do World Superbike“, enfatizou. “Precisamos de algo bacana. Não é que não acreditamos nesse mercado. Acreditamos que podemos fazer algo diferente“, encerrou.