Você ama andar de moto e desbravar novos lugares, mas já conheceu todas as estradas da sua região. Apresentamos aqui, então, dez dicas de lugares bacanas para se conhecer no Brasil rodando de moto, é claro.
10 – Rota do Sol (Rio Grande do Norte)
Para quem está na região nordeste do país, a dica é percorrer a RN-063, mais conhecida como Rota do Sol. Com 52,8 quilômetros de extensão, a rodovia começa na Praia de Ponta Negra (litoral sul de Natal) e vai até a Praia da Pipa.
Fazendo jus ao seu nome, a Rota do Sol passa por outras praias interessantes, como Cotovelo, Búzios, Barreta, Tabatinga, Camurupim e Pirangi. Fica a dica de conhecer o Estádio de Frasqueirão e a “Barreira do Inferno”, base da Força Aérea Brasileira para lançamento de foguetes.
A paisagem é paradisíaca, mas a estrada em si exige atenção e respeito, já que contém algumas curvas estreitas e fechadas. Areia no asfalto também é comum, assim como a presença de animais cruzando a pista. Aproveite o sol, mas fique ligado!
Nome: RN-063
Distância: 52,8 km
Piso: Asfalto
9 – Rodovia Imigrantes (São Paulo)
Quem disse que regiões metropolitanas não possuem estradas legais? A SP-160, também conhecida como Rodovia Imigrantes liga a maior cidade do Brasil à Praia Grande, no litoral do Estado de São Paulo e a baixada santista.
Com 72 quilômetros de extensão, a Imigrantes possui 44 viadutos, 7 pontes e 14 túneis atravessando a chamada “Serra do Mar”, entre as cidades de São Paulo, Diadema, São Bernardo do Campo, Cubatão, São Vicente e Praia Grande. O destaque são realmente os elevados, com uma vista belíssima.
A Imigrantes contém pedágios desde a sua inauguração, em 1974. São quatro deles, dois próximos à Diadema e os outros dois na região de São Bernardo do Campo. E não são nada baratos. Prepare-se também para grandes congestionamentos e acidentes em horários de pico.
Nome: SP-160
Distância: 72 km
Piso: Asfalto
8 – Transpantaneira (Mato Grosso-Mato Grosso do Sul)
Quem procura fortes emoções deve se dirigir à rodovia MT-060, também chamada de “Transpantaneira”. A estrada de chão batido liga o pequeno município de Poconé, no Mato Grosso ao distrito de Porto Jofre, no Mato Grosso do Sul cruzando toda a região do Pantanal mato-grossense.
Com 150 quilômetros de extensão a Transpantaneira é um dos pontos turísticos da região. O “traçado” não tem mistério, trata-se de uma reta interminável. O diferencial é a planície que volta e meia alaga tornando a travessia difícil e os animais silvestres, como veados, capivaras, cobras e até jacarés!
O lugar é rústico mesmo e esse é o seu charme. Nos dias mais quentes, pescadores se aglomeram nas várias prainhas que se formam à beira da estrada para buscar os peixes que os alimentam, sem medo de se deparar com as piranhas que vem do Rio Pixaim.
Nome: MT-060
Distância: 150 km
Piso: Terra
7 – Estrada Parque (Mato Grosso do Sul)
Outra opção menos radical na região do Pantanal é a chamada Estrada Parque no Mato Grosso do Sul. Com 120 quilômetros de extensão, a rodovia foi, por muitos anos, o único acesso da região ao interior de Corumbá.
Inaugurada em 1986 e batizada em 1993, a rodovia foi construída sobre aterros, em uma tentativa de mantê-la em funcionamento constante durante todo o ano. Mas, não teve jeito. De janeiro a julho, trechos da estrada são constantemente alagados, então prepare-se para se sujar.
O grande destaque da Estrada Parque é a biodiversidade das plantas e a riqueza da fauna. Tanto é que a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul possui uma base de pesquisa na região. Trata-se de um passeio para curtir a natureza, portanto, recomenda-se velocidade moderada.
Nome: MS-184 e MS-228
Distância: 120 km
Piso: Asfalto/Lama/Água
6 – Estrada das Hortênsias (Rio de Janeiro)
Não é apenas em Gramado/RS que temos estradas com hortênsias. O trecho da BR-495, que liga Petrópolis à Sana no Rio de Janeiro foi assim batizado antes da construção da Rodovia Rio-Teresópolis e é um dos trechos mais interessantes do país.
Com 184 quilômetros, a altitude pode chegar a 1.500 metros, onde avistam-se muitos vales, como a Serra de Macaé e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, onde é possível fazer trilhas e aproveitar as cachoeiras.
Embora seja relativamente segura, a Estrada das Hortênsias requer cuidado, já que não há muitos acostamentos, as curvas são sinuosas e a inclinação considerável. Como é uma serra, lembre-se que pode haver neblina em alguns momentos.
Nome: BR-495
Distância: 184 km
Piso: Asfalto
5 – Estrada da Graciosa (Paraná)
Inaugurada em 1873, logo após a criação da Província do Paraná, a Estrada da Graciosa, interliga as cidades de Quatro Barras (Região Metropolitana de Curitiba), Antonina e Morretes. Trata-se do trecho mais preservado da Mata Atlântica Brasileira, caracterizado por vegetação tropical e belos riachos que nascem na Serra do Mar.
São apenas 33 quilômetros, mas os vários pontos turísticos são imperdíveis e fazem parecer muito mais. Atualmente a rodovia está dividida em quatro trechos e sete recantos: Vista Lacerda, Rio Cascata, Grota Funda, Bela Vista, Curva da Ferradura, Mãe Catira e São João da Graciosa.
A dica é percorrer o caminho com calma, pois a subida é íngreme e a estrada estreita. Os recantos, cada um com sua própria infraestrutura de churrasqueiras, sanitários, mirantes fará você ter um dia inesquecível em um dos melhores pontos turísticos do Paraná.
Nome: PR-410
Distância: 33 km
Piso: Asfalto e paralelepípedo
4 – Estrada Real (Minas Gerais-Rio de Janeiro)
Concebida nos tempos do Brasil Império (quando a realeza portuguesa morava no Brasil), a Estrada Real surgiu para facilitar – e controlar – o transporte de ouro e diamante de Minas Gerais até o Rio de Janeiro, a sede do governo naqueles tempos. Daí a origem de seu nome.
O caminho original ligava Ouro Preto (antiga Villa Rica) até Paraty, no Rio de Janeiro, mas com o tempo, outros caminhos foram descobertos, dando origem a quatro rotas oficiais: Caminho Velho, Caminho Novo, Caminho dos Diamantes e Caminho do Sabarabuçu.
São quatro rotas com trechos de asfalto, terra e pedras, passando por diversos cidadezinhas de relevância histórica, como Entre Rios, Lagoa Dourada, Resende Costa, Tiradentes e muitas outras. Na verdade, são 177 municípios, 162 só em Minas Gerais.
Nome: BR-383/MG 443
Distância: 1630 km
Piso: Asfalto/Terra/Cascalho
3 – Rio-Santos (São Paulo-Rio de Janeiro)
Imortalizada em uma canção de Roberto Carlos, os 457 quilômetros que unem a cidade de Santos (SP) à capital do Rio De Janeiro serpenteiam as montanhas da região, assim como a costa do Oceano Atlântico, em uma mistura de serra e praia muito interessante.
O marco zero é a cidade de Santos, passando pelo Guarujá (SP) e Bertioga (SP), uma das maiores áreas de preservação do estado. A viagem segue cruzando lugares de natureza exuberante, como Caraguatatuba e Ubatuba, onde pontos turísticos, restaurantes e pousadas são abundantes.
O trecho carioca começa com a histórica cidade de Paraty e a conhecidíssima Angra dos Reis, um dos mais famosos destinos turísticos do Brasil. A jornada encerra-se na capital do Rio de Janeiro. Com tantas cidades e lugares para conhecer, reserve uma semana inteira para desfrutar da viagem com calma.
Nome: SP-055/BR-101
Distância: 457 km
Piso: Asfalto
2 – Rota Romântica (Rio Grande do Sul)
A BR-116 é uma estrada que liga praticamente o país todo, mas os 100 quilômetros que compõem o trecho conhecido por “Rota Romântica” na serra gaúcha são especiais. Não tem erro: basta seguir pela rodovia e assim que você começar a subir, passando pelas cidades de Novo Hamburgo e Ivoti vai notar a diferença no ar e na vegetação.
Com muitas árvores, flores, Cafés Coloniais e comércio de malhas, o trecho é muito procurado por casais em busca de romance em clima de inverno europeu. Para os motociclistas, a estrada é especial por conter curvas desafiadoras que exigem muito respeito. Acidentes ali são frequentes, apesar do bom policiamento na área.
Para completar o passeio – tranquilo ou esportivo – a beira da estrada ainda conta com duas cafeterias emblemáticas: a “Casa da Vovó” na cidade de Dois Irmãos e a “Tenda do Umbú, mais acima, em Picada Café. Ambos são tradicionais pontos de encontro de motociclistas, em um clima de confraternização para nenhum Ace Café botar defeito!
Nome: BR-116
Distância: 100 km
Piso: asfalto
1 – Serra do Rio do Rastro (Santa Catarina)
Na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os 35 quilômetros que compõem a SC-390, mais conhecida como “Serra do Rio do Rastro” se tornaram no point mais procurado pelos motociclistas do Brasil nos últimos anos.
As curvas fechadas, assim como a vontade de parar para observar a vista estonteante geram fascínio. Aliás, esse é o encanto do lugar. Não apenas a beleza natural é fora do comum. A estrada é estreita e muito perigosa, o que dá um sabor todo especial ao passeio.
O aumento na procura pela Serra do Rio do Rastro está fazendo a infraestrutura melhorar. Nos últimos anos foi instalado um hotel no topo da montanha possibilitando aos viajantes uma experiência ainda mais prazerosa de se fazer. Mas reserve com antecedência, pois a procura é grande!
Nome: SC-390
Distância: 35 km
Tipo de piso: asfalto